Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Marcos 16:15

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sexta-feira, 31 de julho de 2009

FORMAÇÂO - Tecnologia Assistiva

Por: Odirlei Faria
Definição e exemplos

Tecnologia assistiva ou ajudas técnicas são ferramentas ou recursos utilizados para prevenir, compensar, atenuar ou neutralizar as limitações sensoriais, físicas ou cognitivas, temporárias ou não, e contribuir nas potencialidades funcionais dos indivíduos na realização de suas atividades.

As ajudas técnicas podem ser simples, por meio de adaptações e customização de recursos, ou complexas, envolvendo alta tecnologia de hardwares ou softwares e equipamentos sofisticados.

“Para muitas pessoas, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”
(RADABAUGH, 1998, apud National Council on Disability, 1993, original em inglês disponível em : http://www.ncd.gov/newsroom/publications/1993/assistive.htm)

Algumas das possíveis ajudas técnicas destinadas às pessoas surdas ou com deficiência auditiva são:
























































FORMAÇÃO - Sobre a Definição de Surdez e Deficiência Auditiva

A pessoa com deficiência auditiva é aquela que possui uma redução ou ausência da capacidade de ouvir determinados sons, em diferentes graus de intensidade.

A legislação nos aponta duas definições:

1. Decreto Federal nº 5296/2004, Art. 5º, §1º, b
Deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz;

2. Decreto Federal nº 5626/2005, Art, 2º, Parágrafo único
Art. 2o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por
meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras.
Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.


Como se pode observar, além da definição de deficiência auditiva pautada na perda da audição, o decreto federal nº 5626/2005 aponta um termo diferenciado para se remeter àquela pessoa que possui uma língua e uma cultura diferenciada: pessoa surda.

Para compreender melhor este conceito, e o porque de sua diferenciação em relação ao de deficiência auditiva geral, é necessário conceituar os tipos e graus de surdez, bem como compreender os desdobramentos que a perda auditiva produz
no contexto da comunicação e, sobretudo, na constituição de sujeito.

Classificação da Surdez

Perdas auditivas condutivas: resultam de patologias que atingiram o
ouvido externo e/ou médio, reduzindo a quantidade de energia sonora a ser transmitida para o ouvido interno;
Perdas auditivas neuro-sensoriais: resultam de distúrbios que comprometem a cóclea ou o nervo aditivo coclear (VIII par);


Perdas auditivas mistas: aparecem comprometimentos condutivos e sensoriais num mesmo ouvido;

Perda auditiva central: atinge a via auditiva central (nervo coclear e conexões que se encontram entre o núcleo coclear e o córtex do lobo temporal).




(Fonte: NORTHERN, J. L. & DOWNS M. P.; Hearing in Children. 1991, Baltimore, The Williams & Welkens Co.)

O primeiro quadro apresenta a classificação da surdez sob o ponto de vista dos tipos existentes. O segundo representa graficamente uma noção dos possíveis sons a se ouvir em cada nível de audição, considerado em decibéis (unidade de medida utilizada para calcular a intensidade do som) e em Hertz (Hz – unidade de medida utilizada para delimitar a freqüência do som) acompanhado da respectiva classificação de graus de surdez.

Se observarmos atentamente, a fala oral, em uma situação comum de percepção de sons completos, encontra-se na faixa de 20 a 40dB e de 250 a 1000 Hz. Uma perda neste campo, ainda que considerada uma perda leve, já compromete a comunicação.

Convém observar também que a perda à partir de 41 dB, faz com que a fala oral fique quase imperceptível, trazendo implicações mais sérias à comunicação, pois compromete a estrutura da linguagem do sujeito, bem como o estabelecimento da língua oral.

Desta maneira podemos compreender melhor a definição da legislação quando caracteriza deficiência auditiva como sendo a “perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz”.

Desdobramentos na Comunicação

Definindo objetivamente a língua como sendo um sistema de signos compartilhado por uma comunidade lingüística comum, será neste sistema que as trocas sociais, culturais e políticas acontecerão, onde o conhecimento será construído e, sobretudo, onde o sujeito se constituirá enquanto tal.

A perda auditiva trará implicações variáveis neste contexto, implicações estas que estarão associadas ao nível de audição comprometida. A pessoa poderá não escutar o cochicho de um amigo, ter insucesso em uma avaliação escolar pela não clareza da voz do professor, não entender o conselho dos pais por se confundir com as palavras de sons parecidos, não compreender as orientações de um médico por perder palavras ou frases durante a conversação, ou ainda não ter percepção alguma da fala oral do ambiente social a que pertence.

Tais considerações remetem também à verificação dos entraves e dificuldades de acesso e compreensão da língua portuguesa por parte das pessoas com deficiência auditiva, haja visto que, em maior ou menor grau, não escutam a língua sendo falada e não fazem a “...associação entre sons e sinais gráficos...” (QUADROS, 1997:98). Em casos onde a perda auditiva impõe uma impossibilidade total de acesso à língua oral (geralmente perdas severas e profundas e em realidades de perda pré-linguística, ou seja, antes do estabelecimento da língua), ocorre naturalmente uma manifestação de comunicação predominantemente visual/espacial que, organizada e partilhada entre os pares, configura-se como sendo a língua de sinais, em nosso caso, a Libras – Língua Brasileira de Sinais, pilar da construção da identidade do sujeito surdo e de sua cultura.

Esta última afirmação sobre a língua de sinais como elemento constitutivo do sujeito surdo e de sua cultura, dirige o conceito de pessoa surda apresentado na legislação, conceito que será aprofundado no item “Identidade” deste material. Vale ressaltar que em casos onde o comprometimento da audição é mínimo, os aparelhos auditivos (AASI – Aparelho de Amplificação Sonora Individual) poderão solucionar as necessidades da pessoa, permitindo o acesso ao mundo sonoro, podendo assegurar uma identidade “ouvinte”.

Considerando os elementos apontados, e sabendo que a comunicação lingüística é fator essencial para a constituição do sujeito, alguns caminhos de comunicação (com motivações e benefícios de diferentes níveis) se mostram presentes historicamente nas relações da pessoa surda:

Oralização: Utilização do aparelho fonador para expressar palavras e frases da língua oral. Utiliza-se exercícios para mobilidade e tonicidade dos órgãos envolvidos na fala oral (lábios, mandíbula, língua etc), e estimulação auditiva para reconhecimento e discriminação de ruídos, sons ambientais e sons da fala;
Leitura Labial: identificação da palavra falada através da decodificação dos movimentos orais do emissor;
Leitura Orofacial: capacidade de entender a palavra falada por outra pessoa por meio dos movimentos dos lábios (leitura labial) aliados à expressão facial;

Língua de Sinais: língua visual-espacial articulada através das mãos, das expressões faciais e do corpo e utilizada pelas comunidades surdas. As línguas de sinais apresentam as propriedades específicas das línguas naturais, sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Lingüística.

Bimodalismo: uso simulltâneo de códigos manuais com a língua oral, representando de forma espaço-visual uma língua oral, podendo ser:

Português Sinalizado: língua artificial que utiliza o léxico da língua de sinais com a estrutura sintática do português e alguns sinais inventados, para representar estruturas gramaticais do português;
Pidgin: simplificação de duas línguas em contato, no caso, a língua de sinais e o português.

Importante é salientar que a oralização e a leitura labial/orofacial, terão maior probabilidade de promover algum benefício quanto maior for o acesso à terapia fonoaudiológica e quanto menor for o grau de perda auditiva (condição que permitirá acesso maior à emissão e produção de som - consciência fonológica), incluindo ainda as inferências da época da perda auditiva e a participação da família no tratamento.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Festa Country - Pastoral dos Surdos de Franca / SP





"Olha só quanto surdo na festa country da Pastoral dos Surdos de Franca no dia 11.07.2009! Eles ajudaram a organizar e participaram com muita alegria, foi muito bom!

Um abraço, fiquem com Deus

Lucimar P. Ferreira"


É a Pastoral acontecendo !!!


Abraços


Odirlei Faria

Coordenador do Intérpretes

Festa Junina São José do Rio Preto


Festa Junina da Pastoral dos Surdos de São José do Rio Preto / SP.


Aconteceu em Julho/2009 e foi um grande momento de aprendizado, partilha, dança e alegria entre surdos e ouvintes.

Nossos parabéns e abraços à Leonor e a toda pastoral dos Surdos de São José do Rio Preto!

Odirlei Faria
Coordenador dos Intérpretes
Regional Sul 1


Intensivão de Férias com Intérpretes



“Intensivão de Férias para Intérpretes”


Com o desejo de ampliar as habilidades técnicas de interpretação para transmitir com maior fidelidade a mensagem de Deus, a Pastoral dos Surdos Regional Sul1 realizou, no período de 06 a 10 de julho, o “Intensivão de Férias para Intérpretes – Oficina de TILS (Tradução e Interpretação da Língua de Sinais)” para a região da Grande São Paulo.


Realizada no IST – Instituto Santa Teresinha, a oficina contou com a participação de intérpretes de São Paulo, Carapicuíba, São Bernardo do Campo, Guarulhos e Ferraz de Vasconcelos, além da participação integral de nossa freira querida, Ir Marta Barbosa.


A oficina foi ministrada por Cláudia Akemi Nagura (Surda, Professora de Crianças Surdas do IST e da ECS Rio Branco), Moryse Vanessa Saruta (Surda, Pedagoga e Especialista em distúrbios da áudio-comunicação–FMU, Instrutora de Libras) e Odirlei Roque de Faria (Intérprete de Libras, Pedagogo, Coordenador dos Intérpretes Regional Sul1).


Com aplicação totalmente prática, foram abordadas as temáticas: Reconhecimento e Expansão corporal / Espaço de Interpretação; Memorização Pictográfica; Classificadores; Função dêitica e anafórica; Advérbios: Modo, Lugar, Tempo, Negação, Dúvida, Intensidade, Afirmação, Interrogação; Filosofias Educacionais e Implicações Sociais e de Comunicação; Processo de Tradução.


Que Deus nos abençoe, e assim toda a Pastoral dos Surdos Nacional, para que cada vez mais estejamos abertos e empenhados na arte e no desafio de evangelizar os Surdos.


Grande abraço a todos,


Odirlei Roque de Faria
Coordenador dos Intérpretes
Regional Sul 1

sexta-feira, 17 de julho de 2009

I Congresso de Pesquisa em TILS
































Romaria Nacional ao Santuário de Aparecida

A pastoral dos surdos do Brasil realizará uma a Romaria á Aparecida do Norte no dia 30 de Agosto de 2009 (domingo). Há muitos anos, os surdos brasileiros realizam a Romaria em comemoração e agradecimento à Virgem Maria. Várias comunidades de surdos de diversos estados (São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e outros estados) têm participado. Este ano, a participação da Pastoral dos Surdos se dará na Santa Missa, no auditório do Santuário, ás 9 horas. Convidamos a todos surdos, amigos e familiares para o encontro com Jesus e com amigos surdos. Contamos com a presença dos sacerdotes e de todas as outras pessoas que desejam partilhar este momento!

30/08/2009

Inicio às 09h00


Abraços em Deus !!!

Agenda Agosto

Caríssimos,

A Pastoral dos Surdos São Francisco de Assis retomará suas atividades no primeiro Domingo de Agosto com a Santa Missa.

02/08/09
Santa Missa - 16h00
Grupo de Pesquisas - 17h30

Venham todos participar !!!

Abraços em Deus !!!

Monsenhor Vicente

MORRE EM JUIZ DE FORA O PRIMEIRO PADRE SURDO DO BRASIL

É com tristeza que comunicamos o falecimento do Monsenhor Vicente Burnier, com 88 anos de idade, hoje dia 16 de Julho, às 6:00 horas da manhã em Juiz de Jora/MG. Monsenhor Vicente foi o primeiro padre nascido surdo, tendo sido ordenado em 1951. O corpo está sendo velado em sua casa (Casa dos Padres). A missa de corpo presente será amanhã dia 17 ás 8:00 horas, na Capela São José, Rua Dom Silvério, 461 Juiz de Fora, de onde o corpo será levado para o Cemitério da Glória, Av. dos Andradas, 855 - Morro da Glória.